quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Papo com Ronaldo Pacheco





Ele que tanto ajuda este blog com artigos e ideias, Ronaldo Pacheco, agora está com uma matéria bem bacana no site da Liga Nacional de Basquete. Lá ele fala sobre temas que pertencem ao esporte, mas que também permeiam a educação. Elementos que têm se distanciado dentro da escola e dentro das equipes esportivas.

Não consegui carregar o arquivo aqui, então vou colocar o link para vocês irem até lá dar uma conferida no papo. Pra fechar, vale lembrar que tudo o que Ronaldo fala tanto em seus textos como em seus debates, ele pratica. Fui prova viva disso por ter sido seu atleta e seu aluno e continuo sendo prova disso, pois acompanho seu trabalho de perto pela amizade que foi criada. É importante dizer isso, pois são diversos que passam pelas mãos dele como aluno e que na hora de irem pro batente, desanimam e cometem a infelicidade de dizer que o que Ronaldo prega em suas aulas é só discurso e utopia. É devido a professores como estes que não conseguem encarar a dura realidade de mudar a Educação Física e o Esporte no Brasil, que o nosso País padece com um trabalho educacional esportivo pouco fortalecido. E é por causa de pessoas como Ronaldo Pacheco, que ainda há esperança de um trabalho de qualidade.

Chega de papo e aproveitem o link e a matéria.

Abraço a todos.

sábado, 22 de outubro de 2011

Vale a pena ver de novo.


Apesar de recente, sei que muitos não viram a final da Eurobasket 2011 entre Espanha e França no mês passado. Pesquisando na internet vídeos sobre basquete ( o que tenho feito com muita frequência), acabei encontrando o jogo na íntegra. Escolinha um dos links para quem tiver tempo pra assistir, pois vale a pena ver o nível do jogo das duas seleções. Seleções estas, que serão prováveis adversários do Brasil nas Olimpíadas em Londres ano que vem.

Fica aí pra quem quiser assistir.

Abraço a todos!

domingo, 16 de outubro de 2011

MJ




De tempos em tempos costumo ver alguns vídeos que gosto e que acredito que me inspiram sobre essa paixão chamada basquete. Um clássico que certa época cheguei a assistir diariamente, é um vídeo que mostra através de diversas imagens a carreira de Michael Jordan. O vídeo me chama atenção, pois não se destaca por mostrar os melhores lances dele. Aliás ele começa mostrando o seu discurso de retirada do basquetebol. E este fato foi bem marcante pra mim. Lembro-me bem com meus 14 anos, receber a notícia de que Jordan estava se retirando do basquete. Naquela época eu já me orgulhava de ter tido a chance de ver jogos dele ao vivo, mesmo que pela tv. Ainda bem que tive a chance de ver muito mais coisa e o vídeo, embalado por uma ótima trilha sonora, mostra esta trajetória de Michael Jordan que venho aqui de alguma forma dividir com vocês.




Talvez pelo dia chuvoso e o momento ocioso de domingo, resolvi buscar mais vídeos interessantes sobre Michael Jordan. Confesso que acho tudo uma grande repetição e poucos me empolgam, mas nesse meio todo de vídeos e edições parecidas, outro dois me chamaram a atenção. Este que vou postar agora me interessou porque quem o editou resolveu mostrar diversas habilidades de Jordan. Ele mostra uma série de enterradas e o jogo agressivo de Jordan, depois mostrar outra série de boas defesas e roubadas de bola, mais a frente mostra diversas assistências, e mostra algo que talvez tenha mais me chamado a atenção, uma série de erros de Jordan nos segundos finais. Jogos em que ele foi escolhido pra decidir e que não obteve êxito em conquistar a vitória pra sua equipe. Mas é claro que no final o vídeo traz uma série de jogadas sensacionais de Jordan, seja nos segundos finais, seja jogadas de alta plasticidade, o vídeo conseguiu me chamar atenção por tentar mostrar como Jordan era completo como jogador e também divido aqui com vocês:



E por fim, apesar da imagem não estar com boa resolução, um vídeo que também me chamou a atenção, mostra os últimos momentos de Jordan em sua última passagem no basquete da NBA defendendo a equipe do Washington Wizards. Jordan, com 40 anos na época, conseguiu performances de bom nível, com boas atuações em alguns jogos, cestas decisivas nos segundos finais e a cena final em seu último jogo, onde o público não consegue parar de aplaudir o astro, como numa reverência a tudo que este atleta fez pelo basquetebol. Segue este vídeo também:



Vendo todos este vídeos, a sensação que dá inicialmente é um distanciamento do basquete praticado por um gênio como Jordan e pelo basquete nosso de cada dia. Parece ser algo inalcançável, de filmes e sonhos. Mas por outro lado, por saber que se trata de um ser humano, que treinou, se dedicou, acreditou no seu sonho e que se deu a chance de ser melhor a cada dia, torço para que os atletas brasileiros, apaixonados pela modalidade, possam entender que o basquete é um esporte que demanda entrega, estudo, aperfeiçoamento não apenas técnico e que precisa ser aprendido de diversas formas. Você melhora muitas vezes quando erra, melhora tantas vezes quando descansa, melhora diversas vezes quando assiste o jogo, quando aprende a ouvir, mas principalmente, quando se compromete consigo mesmo e com sua equipe. Já cansei de ver talentos que não entenderam que precisavam continuar treinando e evoluindo, que precisam entender cada vez mais as carências e necessidades de suas equipes. E assim, após anos sendo estrelas das divisões de base, hoje consomem o basquete apenas como espectador das arquibancadas e da tv.

Para aqueles que ainda acreditam que podem melhorar a cada dia, espero que estes vídeos inspirem a você tentar ser melhor do que você vem sendo. Essa é a melhora significativa. Que move não só você como todos a sua volta.

Abraço a todos.

sábado, 15 de outubro de 2011

Ser professor é ir além.

Ser professor é ir muito além do que se espera desta profissão. É passar a entender que por diversas vezes não irá receber as condições ideais de trabalho, que não terá muito tempo no ano para seus afazeres pessoais, que terá e será um pouco de família agregado a cada aluno e que em alguns momentos será também remetido à sua própria formação. É relembrar um pouco da educação que recebeu e selecionar o que vale a pena passar adiante e o que pode-se tentar mudar para melhor. Mas acima de tudo é tentar acreditar por dias melhores. É saber que talvez não esteja aqui presente para ver a transformação que se sonha, e mesmo assim, continuar fazendo por todos, mesmo aqueles que muitas vezes não acreditam no seu ofício. 





Ser professor é tentar entender uma realidade dura, onde as escolas muitas vezes são "depósitos de alunos", onde a família muitas vezes não faz parcerias com a escola e que ainda te cobra pelo que se omitiu da criação de seus filhos em casa. Mas ser professor é ter a chance também de conhecer alunos incríveis que te mostram que se é tão pouco perto deles: ávidos por aprender, por fazer um novo mundo, e com famílias presentes, que sabem que uma boa formação não é feita apenas no sucesso de seus filhos, mas também é feito da dúvida, do erro, da tentativa e do aprendizado com as situações.







A vida cotidiana de um professor é recheada de fortes emoções, de dúvidas constantes, mas certamente de aprendizados incríveis. Falando de Educação Física, ser professor é se reciclar a cada dia, a cada aula e tentar estar atento às nuances de uma aula. É reconhecer os alunos que querem se envolver, mas que têm medo de participar, já que em muitas escolas só "os bons" jogam. É ser entusiasta, observador, enérgico, e com disposição muitas vezes para ver as coisas erradas que não pertencem à nossa área, e não desistir de tentar fazer uma aula digna para todos, que envolva conhecimento, aprendizado, mas que não se esconda em um simples rolar a bola, sorrisos, omissão e carisma.

Tenho amigos e conhecidos que dizem que ser professor cansa, é desgastante, não dá o retorno que se espera e ainda se é cobrado, por muitas vezes, de forma injusta e por isso, não se sente "motivado" pra se preparar melhor e dar aulas diferenciadas. Entendo estes e concordo com toda essa realidade desenhada. Mas a estes, aproveito a data de hoje e os digo: Saiam da profissão! Vão buscar outros caminhos. Não acredito que há uma profissão fácil, tranquila e que não envolva desgaste emocional durante sua prática. Fazer a diferença é desgastante sim. E se você não vê sentido em fazer isso sendo professor, saia e vá encontrar seu novo caminho e felicidade.

Para estes professores abnegados, que se envolvem, acreditam, enxergam muita coisa errada, mas que não deixam esses acontecimentos abalarem sua prática, homenageio com um texto que gosto muito e que vez em quando leio para tentar me perguntar se continuo tentando fazer a diferença diariamente. Para aqueles que se formam e procuram maneiras de não lecionarem, que chegam em casa e não entendem o sentido daquele trabalho todo dia, peço mais uma vez: Procurem o caminho de vocês e abram portas para quem quer ser professor! Não há nada de errado em procurar um novo caminho e recomeçar.

Um abraço a todos e parabéns àqueles que acreditam e praticam sua profissão não só com alegria, mas com garra, enfrentamento, estudo e ousadia.



    A síndrome de beija-flor
 Ao contrário das demais aves, que voam com o corpo na posição horizontal, o beija-flor voa na vertical. Por isso, suas asas não batem para cima e para baixo, como as de seus colegas de pena, mas para frente e para trás. 

Essa proeza requer enorme esforço. O beija-flor precisa bater as asas mais de sessenta vezes por segundo e seu coração pulsa 1260 vezes por minuto. É claro que, para ter tanta vitalidade, o beija-flor precisa de energia. Muita energia. Ele consome, a cada dia, entre metade e 3/4 do peso de seu corpo em açúcar.  

Daí vem o grande paradoxo dos beija-flores: nada menos que 80% da energia que produzem é gasta apenas para sustentar seu peculiar estilo de voo. Se um beija-flor aprendesse a retirar o néctar das flores pousando na planta em vez de ficar batendo asa ao lado dela, como um helicóptero de penas, reduziria sua carga de trabalho em 80%. Teria menos estresse e não sobrecarregaria tanto seu coração. 




Por que, então o beija-flor nunca pensou nessa solução mais cômoda? Porque se transformaria em um passarinho qualquer. E teria duas opções de vida: ou ficaria trancado em uma gaiola, piando na hora certa e ganhando sua raçãozinha de alpiste, ou viveria uma vida de pardal, voando anônimo pela vida. 

Ser diferente das outras aves não é a sua opção. É a sua natureza. Nas empresas, existem pessoas que fazem um monte de coisas ao mesmo tempo, frequentam tudo quanto é curso, têm ideias e sugestões. Essas pessoas incansáveis são os beija-flores das empresas. 

Mas essa gente, quase sempre, é mal-entendida pelos colegas de trabalho. O que o funcionário beija-flor chama de entusiasmo, seus colegas classificam como falta de foco. O que chama de dinamismo, seu chefe chama de dispersão. 

Por que o profissional beija-flor insiste em ser acelerado e criativo, quando seria muito mais fácil ser igual a todo mundo? Porque ser diferente dos colegas não é sua opção. É sua natureza. 

Max Gehringer



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Olhe-me nos olhos.


Na correria e sem organização necessária pra atualizar o blog, venho aqui dividir mais um vídeo da série de propagandas da Nike Jordan. A série de comerciais tem o nome de "Torne-se uma lenda" e trata de vídeos de um minuto no qual fala sobre questões e dúvidas que muitas vezes temos no meio do esporte(Já postei alguns aqui anteriormente). Mais uma vez o que me atrai nessa série de vídeos é o fato dele utilizar os atletas patrocinados pela marca, que são atletas mais que consagrados, para falar de temas que normalmente falam sobre a imprevisibilidade do esporte (e por que não da vida?).

Esse vídeo em especial me faz lembrar aqueles momentos em que estamos de frente pro espelho com nós mesmos e que tomamos a coragem de nos perguntar se estamos no caminho certo, se temos feito tudo mesmo para correr atrás de nossos sonhos. Ultimamente tenho encontrado antigos conhecidos, pessoas que não fazem mais parte do meu cotidiano, mas que tiveram por uma época na minha vida uma participação importante. É muito bom reencontrar alguns e ver que eles continuam lutando diariamente pelos sonhos deles de lá atrás. Mas é incrível também encontrar pessoas que de uma forma ou outra, simplesmente desistiram de lutar, apenas sobrevivem, sem grandes sonhos, sem grandes metas, enfim, apenas cumprindo o que seu dia lhe pede, e muitas vezes, reclamando do que tem. 


Nessas horas tento vencer meus medos internos e tento realmente me olhar, perguntar e responder se estou seguindo e fazendo o que acredito ser certo e o que acredito que possa me fazer olhar pra trás e dizer que a vida valeu a pena. 

Você tem feito isso? 



Estou numa fase que tenho feito isso quase todo dia. E por isso venho compartilhar esse vídeo com vocês.

Abraço a todos.


PS: Se precisar da legenda, não esqueça de ativá-la no ícone "CC" do vídeo.




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Distúrbios de aprendizagem



Meus últimos dois posts foram sobre professores que se acomodam na função docente e que se utilizam da força hierárquica de ser professor para dar aulas desprogramadas e pouco atualizadas. Dando aula do jeito que sempre deu e colocando no aluno muitas vezes a culpa por qualquer tipo de fracasso. Tenho visto e descoberto casos de professores em escolas e universidades, que me indignam. Professores que não têm a mínima humildade de buscar informação de qualidade para tentar sensibilizar e provocar melhor seus alunos. Esse problema é na educação em geral e não é uma exclusividade de educação física. Mas ando mesmo indignado, pois tenho descoberto professores(mestres e doutores) que andam dando aulas de forma descontextualizada e que andam se utilizando de suas titulações para garantirem a sua razão.

Hoje, antes de dormir, há poucos minutos atrás, tentei pegar um livro pra ler e pegar no sono. O livro se chama "Ostra feliz não faz pérola", de Rubem Alves. No capítulo onde ele escreve pequenos textos sobre educação, um texto em especial me chamou atenção e me fez levantar, acender a luz e vir aqui dividir com vocês. Espero que sirva para instigar em cada um a vontade de ser observador, atencioso e crítico com o que se recebe de conhecimento. Espero que gostem.

"Andando pelas ruas de uma cidade do interior paulista, encontrei um clínica de psicopedagogia que anunciava sua especialidade em ´Distúrbios da aprendizagem`. Dei-me conta de já ter visto muitas clínicas com a mesma especialização, mas nenhuma que anunciasse ´Distúrbios de ensinagem`. Por acaso serão só os alunos que sofrem de distúrbios? Somente eles têm dificuldades em aprender? E os professores? Nenhum sofre de distúrbios de ensinagem? Que preconceito nos leva a atribuir o problema sempre ao aluno? Que providências terapêuticas tomar quando o perturbado é o professor? Mas que psicólogo terá coragem para passar-lhe esse diagnóstico? É mais fácil culpar o aluno."                                                                                                                   
Rubem Alves