Futuramente quero postar aqui comentários sobre filmes.
Existem filmes das mais diversas áreas que contribuem por demais com minha formação em educação física e tbm na área de treinamento.
Existe um filme com Al Paccino chamado "Um domingo qualquer" do ano de 1999 que abrange diversas áreas do esporte profissional e que acredito ser um bom referencial para qualquer pessoa que queira ou conviva com o esporte treinamento.
Não quero me ater ao filme em geral, mas sim a um trecho do filme em específico no qual algum fã da internet criou uma montagem no youtube e que confesso a vocês que já assisti muitas vezes em momentos que penso que posso mais.
Neste trecho do filme, Al Paccino que vive a vida de um técnico de futebol americano chamado Tony D'Amato, vê que seu time vem tendo dificuldades durante toda a temporada e a vida do técnico funde-se a história do time. D'amato vai se redescobrindo durante o filme diante das dificuldades enfrentadas e vai fazendo uma releitura de tudo que foi como pessoa até lá. Antes de começar a fase de mata mata, ele faz uma preleção com sua equipe tocando em alguns pontos cruciais pra quem tem como objetivo atingir qualquer tipo de excelência na vida principalmente em grupo. Este discurso do técnico na minha ótica, funciona para diversos tipos de grupos, desde os esportivos até os empresariais.
E por que estou aqui a citar esta passagem?
Porque ontem tive a estreia de meu time sub 17 no campeonato escolar de Brasília. Tenho tido a oportunidade e o prazer de conviver com garotos sensacionais que foram formados por um professor de basquete da cidade e meu amigo particular, chamado Professor Jonatas.
Tive a incubência desde o ano passado de dar prosseguimento a este trabalho. E tenho me redescoberto professor e técnico com estes meninos. Mas a fase neste ano é bem complicada. Assumi diversas responsabilidades profissionais e sinto que na carga horária que venho trabalhando, com eles ando me dando um certo tipo de descanso. Tenho tentado trabalhar as informações básicas, mas não sinto que tenho conseguido mexer com eles da maneira que eu acredito que consiga. Pelo menos tento não me vender a resultados e luto pra que eles entendam a mensagem que prezo em passar a cada dia de aula de que cada esforço dedicado ali nos treinamentos não são em vão.
Ontem tivemos a nossa estreia e eu sequer fiz amistosos para os meninos se sentirem mais à vontade na competição. Tivemos de lidar com todas as emoções de uma estreia ali, sem referencial de se estávamos evoluindo como grupo ou não. Naquele momento, enquanto acontecia o jogo, percebi como poderia ter potencializado mais estes meninos e o deixei de fazer em virtude de muitos compromissos novos que me sugiram este ano. Mesmo assim, estes meninos sempre me mostram de que eu posso mais como professor e de que podemos sempre mais como pessoas. Não deixaram de lutar, o nervosismo tomou conta e todos os jogadores puderam entrar e dar um pouco da sua contribuição dentro de todo o trabalho e tipo de jogo que venho pedindo à eles desde fevereiro. Independente de termos perdido a estreia, é chato quando vemos que poderíamos ter oferecido mais a nossos alunos e eu em outro momento da minha vida, teria sofrido demais com isso. Mas com o tempo e maturidade, venho descobrindo que temos sempre de nos preocupar mais com os próximos passos, do que com os passos que deixamos de dar ou com os que pisamos de mal jeito.
A minha luta agora é pra fazê-los entender de que estamos num processo de evolução e de que mesmo eu sabendo que este ano não tenho conseguido me doar a eles como acredito que é a maneira correta, tenho ao menos tentado mantê-los cientes de que nós somos o nosso próprio desafio. Tenho muita crença nisso de que nós somos capazes de resolver nossos problemas e ao mesmo tempo que possamos pensar que nós como equipe temos problemas, nós somos a nossa solução.
E hoje cedo quando acordei, após pensar bastante sobre o jogo de ontem e de que estes meninos merecem e podem mais em nosso trabalho de equipe, vim aqui ver este vídeo novamente que fala um pouco sobre isso. Nós somos os donos do nosso destino e nossa evolução está totalmente na superação de nossos próprios limites, tentando não enxergar em nossa equipe defeitos, mas sim características que podemos melhorar.
Essa é a maneira que o esporte interfere em minha vida. Quando me mostra que uma equipe de garotos ávidos pela vida têm a chance de aprenderem conceitos e valores para dentro e fora das quadras.
Fiquem com o trecho do vídeo editado que comentei e fica a sugestão de filme a vocês.
Até a próxima.
Um domingo qualquer (Any Given Sunday)
1999 - Oliver Stone
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